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Pesquisa do Instituto Butantan mostra evolução do mosquito da dengue

Além da grande capacidade de adaptação da espécie em São Paulo, Aedes Aegypti tem evolução rápida e sobrevive a todas as estações do ano

06/11/2015
Foto ilustrativa

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O mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, possui patrimônio genético muito grande e variável mesmo no inverno, época de baixa incidência do inseto. É o que mostra a pesquisa do Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisa biomédicas do mundo. 


Com o objetivo de compreender a evolução do animal e, possivelmente, auxiliar nos mecanismos de controle, o estudo foi desenvolvido no bairro do Butantã e arredores, em São Paulo, durante 14 meses (de abril de 2011 a maio de 2012), e acompanhou a evolução do mosquito da dengue durante cinco estações climáticas.


O resultado mostrou modificações maiores do que o normalmente esperado em uma espécie exótica em tão curto prazo, e demonstrou que o mosquito sofre também alterações de tamanho e formato da asa, segundo cada estação do ano, o que indica a sua rápida variação evolutiva.


"Percebemos que o patrimônio genético do mosquito é bem rico e dinâmico, ou seja, a espécie tem grande potencial para sofrer alterações. Isso sugere que eles são muito versáteis em explorar novos ambientes e, possivelmente, contornar as nossas tentativas de eliminá-los", destaca Lincoln Suesdek, pesquisador do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e coordenador da pesquisa.


O especialista também alertou sobre os cuidados redobrados que a população deve ter em todas as estações do ano. "Isso reafirma a importância do envolvimento da população urbana para evitar a proliferação do mosquito."


Os próximos passos da equipe visam ampliar a pesquisa para outros cinco municípios de São Paulo: São José do Rio Preto, Catanduva, São Carlos, Campinas e Santos.


Como foi feito o estudo
Por meio de armadilhas, foram coletados os ovos, pupas e larvas do animal em seis áreas distintas. O estudo utilizou o total de 150 fêmeas para o seu desenvolvimento e avaliou as variações genética e morfológica do mosquito, além de ter levado em consideração as questões demográficas de dispersão e evolutivas destes insetos em áreas urbanas. 


Reconhecimento 
O artigo "Microevolution of Aedes aegypti" foi publicado recentemente na revista científica PLoS One, em coautoria com as pesquisadoras Caroline Louise e Paloma Vidal, também do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e alunas da Universidade de São Paulo.


Do Portal do Governo do Estado

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