Nas ocorrências de chuva forte, quando pode acontecer enchentes e transbordamentos de esgotos e rios, é preciso ficar alerta aos riscos de infecção por leptospirose. O primeiro cuidado, alerta o infectologista Jean Gorinchteyn, do hospital estadual Emílio Ribas, é evitar pisar em poças de água, principalmente em águas de inundações.
Caso seja inevitável, é preciso observar com atenção os primeiros sintomas (febre, dores no corpo, na cabeça e especialmente na panturrilha), procurar um médico imediatamente e evitar automedicação. O infectologista explica que os sinais da doença podem aparecer no dia seguinte após o contato com as águas de chuva, ou até depois de um mês.
A limpeza nas casas e estabelecimentos comerciais que sofreram enchentes deve ser realizada com utilização de luvas e botas de borracha, água corrente e água sanitária. Qualquer alimento ou medicamento, mesmo os fechados, que tiveram contato com a água das chuvas devem ser descartados.
O infectologista orienta que, na ausência de tratamento de urgência, alguns casos podem ser mais graves, provocando riscos de insuficiência renal com sangramento nos pulmões, o que pode levar à morte. O hospital Emílio Ribas tem diagnosticado um caso de leptospirose a cada cinco dias, conforme levantamento feito de janeiro a março deste ano.
A doença
A leptospirose é uma doença que ocorre especialmente nas épocas de chuva, quando as enchentes e transbordamentos de esgotos e rios são mais frequentes. Nessas situações, a urina dos ratos contaminados com a bactéria leptospira é conduzida pelas águas das inundações, que penetram na pele mesmo sem nenhum ferimento aparente, causando a doença.
Do Portal do Governo do Estado